segunda-feira, 29 de março de 2010

O Valor da Vida!

O que diz o Mandamento. Numa sentença, o texto diz apenas "não matarás". Devemos entender o texto como está literalmente colocado na Bíblia, ainda que o desejo de procurar todas as dimensões de sua aplicação seja muito forte. Nesse texto específico, não inclui toda forma de morte provocada, mas especificamente o assassinato.

O hebraico emprega principalmente duas palavras para matar, e que a palavra "rasah" é uma palavra relativamente rara no texto bíblico que significa o assassinato violento de um inimigo. Assim, o mandamento distinguia entre o homicidio acidental e não premeditado do assassinato propriamente dito. A lei considerava o assassinato a morte praticada com premeditação (Êx 21:13), que resultava de ódio (Nm 35:20,21; Dt 5:17), praticada com a armação de ciladas (Nm 35:20; Dt 19:11).

Havia em Israel cidades de refúgio para que suspeitos de morte pudessem encontrar proteção enquanto aguardavam julgamento. Entretanto, alguém que cometia assassinato não poderia ser recebido nelas (Dt 19:11,12), e nem mesmo o altar poderia livrá-los da morte (Êx 21:12; Nm 35:16) porque a sua ação era anaceitável perante o Senhor (Êx 21:14; Dt 19:14). Toda essa visão estava de acordo com o ensino bem inicial da Bíblia, já que o homicídio é proibido por Deus desde de muito antes da lei de Moisés. Em Gn 9:6 temos manifestação clara da vontade de Deus: "se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem".

Como a Lei funcionava no Antigo Testamento
A importância de entendermos a amplitude da lei no Antigo Testamento é que na verdade essa parte da Bíblia contém uma boa variedade de mandamentos e permissões em que se pode matar alguém. No A. T. vemos que a pena de morte foi permitida por Deus nos seguintes casos:
- assassinato premeditado (Êx 21:12-14);
- adultério (Lv 20:10-21; Dt 22:22);
- sequestro (Êx 21:16; Dt 24:7;
- homossexualismo (Lv 20:13);
- incesto (Lv 20:11);
- bestialidade (Êx 22:19);
- ferir ou amaldiçoar os pais (Êx 21:15);
- falsas profecias (Dt 13:1-10);
- blasfêmia (Lv 24:11- 14);
- profanação do sábado (Êx 35:2);
- sacrifício a falsos deuses (Êx 22:20).

Há ainda textos em que o Senhor ordena a morte. Um exemplo está em Js 7:25 (apedrejamento de Aça e sua família). No caso dos amalequitas (1 Sm 15), Saul foi condenado por Deus, porque não obedeceu o Senhor, matando realmente todo o povo, e Samuel, o profeta, é quem mata o rei amalequita perante todo o povo.

Ainda assim, havia absoluta consciência de que o assassinato de alguém numa situação em que se demonstrasse covardia, rancor, egoísmo e desrespeito à criatura de Deus não era permitido. Em 2 Sm 3, Davi condena veementemente a ação dos irmãos Joabe e Abisai por terem assassinado Abner, ainda que o próprio Davi tivesse matado diversas pessoas, até mesmo na companhia de Joabe. A razão era o fato de ser Abner um homem de bem, e Joabe ter matado injustamente a Abner.

Os casos sucessivos do Antigo Testamento evidenciam que o proplema estava na falta de senso de justiça, no pecado da traição e da maldade do coração humano, e não propriamente no ato de matar alguém.

Como o Mandamento é visto no Novo Testamento
A lei dizia "olho por olho, dente por dente". Jesus declarou que não veio para abolir a lei, mas para cumpri-la. Exatamente nessa linha, a visão de justiça seca e objetiva é substituida por uma visão de amor que ama até mesmo o inimigo, e que nem mesmo pode desejar o mal a quem quer que seja.

O texto de Mt 5: 17, 21 e 22 deixa claro que o simples fato de sem motivo nos irarmos contra o irmão já nos coloca sujeitos à disciplina, e que proferir um insulto contra alguém já será motivo suficiente de sermos condenados pelo tribunal de Deus.

Os cristões são evidentemente advertidos contra o assassinato (1 Pe 4:15), e advertidos de que ódio é assassinato (1 Jo 3:15). Homicídio é uma das marcas do ímpio (Rm 1:29; Is 1:15), razão pela qual os que o cometem não podem entrar no céu (Ap 22:15), e algo realmente próprio do Diabo, que é assassino (Jo 8:44).

Outra novidade no tratamento que o Novo Testamento dá ao homicídio é que os santos precisam aprender o amor, acima de tudo. O simples ódio já é visto como assassinato (1 Jo 3:15). Precisamos nos cuidar espiritualmente para que o pecado não tenha domínio sobre nós.

"O Senhor deseja a preservação da vida "e vida com abundância".

7 comentários:

  1. Muuuuuuuito bom!
    Estou eguindo seu blog. Paz!

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  2. Graça e paz!
    Carlos de Queiroz

    Agradeço muito a visita!
    Já sigo o seu abençoado Blog! E no Twitter!
    Vale e muito visitar aqueles que ainda não conhecem!

    Sinceros agradecimentos também pelo comentário!
    É uma honra, volte Sempre!

    Abraço!

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  3. Exceto se o irmão que esta no erro for repreendido sem ódio, então não haverá pecado. Repreender sem IRA é prova de AMOR, conforme Levítico 19.17,18.
    Ter um ministro como o amado Pr Rodolfo acompanhando o meu humilde blog é para mim uma honra, agradeço a visita.

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  4. Graça e paz!
    Sidney Xavier

    A honra e toda minha!
    Seus Blogs são muitos edificantes e abençoados!
    Já estou seguindo e será gratificante acompanhar!
    Mais uma excelente indicação para quem ainda não conhece!

    Agradeço muito a sua visita e participação!
    Volte Sempre!

    Abraço!

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  5. Parabens o texto nos traz a lume a integralidade do contexto da vida,em sua plenitude, na otica da lei,dentro do conceitode Yahweh.
    www.vivendoteologia.blogspot.com

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  6. Graça e paz!
    Pr Danilo Sergio

    Muito obrigado pela visita e valoroso e honroso comentario neste espaço!

    Já sigo o seu blog a algum tempo, é muito abençoado e gratificante acompanhar!

    Um Abraço e volte Sempre!

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