sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Palavra fora do lugar

A literatura poética é rica em comentários sobre inverdades e infidelidades maliciosas e prejudiciais contra o próximo. Asafe caracteriza o mentiroso como um indivíduo que solta a língua para o mal, trama enganos, senta-se para falar contra seu irmão e difamá-lo (Sl 50:19-20). No Salmo 52:4, o rei Davi diz que o ímpio ama as palavras devoradoras. O Salmo 101, que apresenta o modelo de um bom rei, mostra que Davi não desejava proteger o mentiroso. No Salmo 109, Davi vai mais longe e pede em nome da santidade e da justiça de DEUS contra os inimigos que usaram lábios maldosos e fraudulentos e palavras odiosas contra o rei ungido.
Salomão adverte que "a falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa" (Pv 19:5). Ele descreve o mentiroso como uma pessoa que difama (Pv 10:18). Outra consequência trágica é que o mentiroso destrói o próximo (Pv 11:9).
É literalmente possível arruinar o próximo e sua boa reputação com inverdades e palavras maliciosas. Jesus diz que o insulto ao irmão é igual ao assassinato (Mt 5:21-22). O resultado é que "as más conversações corrompem os bons costumes" (1 Co 15:33).
Embora a verdade esteja entre os valores humanos mais elevados, nem sempre se faz opção por ela. Alguns chegam até mesmo afirmar que para se conseguir determinadas coisas é "necessário" mentir, ou então, "não posso falar toda a verdade". Mas a triste história de Ananias e Safira (At 5:1-11) mostra quanto DEUS leva a sério a questão da mentira na dispensação da igreja. As inverdades proferidas por eles eram falsidades contra o Senhor e Seu Santo Espírito (At 5:3,9).
O apóstolo Paulo vê a mentira como traço autêntico do velho homem. O novo homem não deve mentir, uma vez que se despiu para sempre do velho homem (Ef 4:25; Cl 3:9). João vai ainda mais longe, e afirma que todo aquele que disser: "amo a DEUS, e odiar a seu irmão, é mentiroso" (1 Jo 4:20).
É difícil saber o que é mais abominável: falar mal dos outros ou dizer dos outros o que eles de fato não fizeram ou não disseram. Ficamos de fato impressionados com a facilidade que as pessoas têm de passar adiante o que elas não têm com certeza. Eis aí uma coisa que deveria nos deixar sempre indignados. Tiago nos deixa muito claros os males que uma língua indomada pode causar (Tg 3:1-18).
A conhecida regra continua valendo hoje: Antes de falar qualquer coisa sobre uma pessoa, devemos levantar três perguntas básicas: (1) É verdade? (2) É necessário? (3) É edificante?

Precisamos cantar para nós mesmos o cântico das crianças:
"Cuidado boquinha com o que fala, o salvador do céu está olhando pra voçê..."

"Tudo o que se diz deve ser verdade, mas nem tudo o que é verdade deve ser dito".

"O bom de quem fala a verdade é que não precisa falar duas vezes".

6 comentários:

  1. Olá Rodolfo ótimo post, muito bom e cheio de verdades, está muito bonito o seu blog, legal, eu estou blogando pouco esses tempos, estou me dedicando mais aos estudos, logo estarei blogando com maior frequência, A paz do Senhor irmão e que Deus te abençoe;;;;

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  2. Meus agradecimentos, amado irmão em Cristo Marcelo Senna!
    DEUS o abençõe e fique na preciosa paz do Senhor Jesus!

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  3. BOA NOITE!! PARABÉNS PELO BLOG, SUCESSO E MUITA PAZ..ABRAÇOS

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  4. Meus agradecimentos abençoado irmão em Cristo Alexandre!
    Foi muito bom conhecer e parabéns pelo seu edificante espaço!

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  5. Claudinéia, seus Blogs são uma benção! Vale muito a pena visitar e seguir os mesmos!
    Fk na Paz!

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  6. Olá,

    Gostei muito da postagem e até achei uma feliz "jesuscidência" pois seria uma espécie de complemento ao que postei ontem em meu blog. Lembro ainda que Tiago 3 foi o tema de pregação muito bem escolhido pelo pastor batista que casou um dos meus filhotes.

    Ah, a língua!

    Mas aproveitando o título do seu blog, só gostaria de fazer uma ressalva quanto ao cântico ensinado às criancinhas nas "escolinhas dominicais". Não seria uma tática meio terrorista, não? Vejo nele uma forma velada de apresentar um Deus sinistro. Só isso, no mais eu concordo plenamente e assino embaixo.

    Abs,

    R.

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